terça-feira, 8 de outubro de 2013

Um upgrade nos estudos

Agência UEL - 02/10/2013

A política de internacionalização e de mobilidade estudantil começou de forma tímida na UEL, mas nos últimos dois anos ganhou corpo e vem se intensificando cada vez mais. Só no Programa Ciência Sem Fronteiras do Governo Federal, 49 estudantes de graduação da UEL foram estudar no exterior no período de 2011 e 2012. Este ano, mais 46 embarcaram para outros países, totalizando 95 estudantes.

Somam-se a eles, mais 28 acadêmicos que se encontram no exterior por meio de outros convênios firmados pela Assessoria de Relações Internacionais (ARI) com instituições universitárias estrangeiras. No Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI), patrocinado pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, 14 estudantes de licenciatura da UEL estão cursando dupla graduação na Universidade de Coimbra em Portugal.

No total são 137 estudantes que se encontram em países como Estudos Unidos, Alemanha, Espanha, Portugal, Japão, França, Reino Unido, Itália e México. Na pós-graduação, o número de estudantes que participam do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), da Capes que tem como objetivo qualificar recursos humanos de alto nível por meio de concessão de cotas de bolsas de doutorado no exterior. Entre 2012 e 2013, 25 doutorandos foram beneficiados, sendo que dois deles são docentes da UEL.

Aumentou também o número de estudantes estrangeiros que procuram a UEL para estudar. Na graduação, a Universidade conta com cinco alunos de países como França e Venezuela estudando na Instituição e na pós-graduação, são 44 pós-graduandos de países como Espanha, Colômbia, Moçambique, Argentina, Paquistão, Paraguai, Angola, Estados Unidos, Equador, França, Peru e Rússia.

Segundo a professora Maria Antonia Celligoi, Diretora de Pós-graduação da PROPPG, a internacionalização dos cursos de doutorado é importante para a troca de experiências, integração da pesquisa científica e realização de novos convênios. “Além disso, a internacionalização dos programas de doutorado é mais uma exigência da Capes para que os cursos possam melhorar seu conceito”, diz a professora. Mas ela reconhece que a UEL precisa avançar mais nesta área, estruturando melhor a Assessoria de Relações Internacionais (ARI).

O professor Manoel Simões, assessor da ARI, concorda e acrescenta que em muitas universidades o setor de Relações Internacionais tem o status de uma pró-reitoria. “Precisamos de uma estrutura muito bem montada para que possamos ter uma política de internacionalização e mobilidade estudantil”, afirma o assessor.

A professora Maria Helena Guariente, Diretora de Ação Pedagógica da Prograd, também defende a criação de uma Política de Internacionalização na UEL com recursos humanos qualificados para dar assistência aos nossos estudantes que vão estudar fora e para os que vêm estudar aqui na Instituição. “É uma área que vem crescendo a cada ano e precisamos nos estruturar melhor”, disse Maria Helena.

Os Colegiados de Cursos de Graduação que estão mais diretamente em contato com os estudantes também destacam a importância da mobilidade estudantil. Para o professor Gérson Cendes Saragosa, coordenador do Colegiado do Curso de Engenharia Civil (CTU), estudar um período no exterior amadurece o aluno em termos acadêmicos e também pessoal. “Percebemos isso nos nossos estudantes que participaram do Ciência Sem Fronteiras. Eles voltam com outra mentalidade, valorizando inclusive o que nós temos aqui. É importante para formação enquanto cidadão e profissional”, afirma.

Uma opinião semelhante à da professora Maria Elisa Wotzasek Cestari, coordenadora do Colegiado do Curso de Enfermagem (CCS). Segundo ela, estudantes de Enfermagem participaram do Programa em Portugal, Canadá e Alemanha. “Elas voltaram mais críticas, fazendo comparações entre o nosso sistema de saúde e dos países onde estudaram. Fora do Brasil, elas entram em contato com diferentes condições e experiências epidemiológicas, conhecem outros sistemas de saúde pública e privada. Isso é fundamental para a formação profissional”, diz Maria Elisa.

Graduação

95 é o número de estudantes da UEL que participaram do Programa Ciência Sem Fronteiras. Em 2011 e 2012, 49 foram estudar no exterior e este ano são 46.

28 este é o número de estudantes que se encontram estudando do exterior por meio de outros convênios firmados com instituições de universitárias estrangeiras.

14 são os estudantes de licenciatura da UEL estão participando do Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI), patrocinado pela Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em Portugal.

5 - é o número de estudantes de outros países que estão fazendo parte de sua graduação na UEL.

Pós-graduação

25 são os estudantes da UEL que participam Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), da Capes, fazendo parte de sua pesquisa fora do Brasil. Dez deles já retornaram.

44 é o número de estudantes de outros países que estão cursando parte de sua pós-graduação na UEL.

Um momento de integração

O Colegiado de Letras (CCH) está promovendo quinzenalmente o Café Intercultural que tem como objetivo reunir intercambistas da UEL e estrangeiros que residem em Londrina e região para um momento de integração e “bate-papo” e ao mesmo tempo praticar a língua portuguesa e outras línguas.

Além de reforçar a internacionalização da Universidade, a iniciativa visa a criação de espaços de integração entre professores e alunos. Também participam do Café Intercultural professores, alunos dos cursos de Letras e estudantes de outros cursos da UEL.

Segundo Viviane Bagio Furtoso, coordenadora do Colegiado do Curso de Letras, quando falamos em internacionalização precisamos pensar em iniciativas para integrar os estudantes estrangeiros com a comunidade interna e externa. “Caso contrário, eles ficam muito deslocados e com dificuldade de estabelecer laços de amizade e troca de experiências. Isso é importante também para nossos estudantes que fazem cursos línguas estrangeiras na UEL possam praticar a conversação”, diz a professora.

De acordo com ela, além de criar esse espaço, é preciso pensar também em uma forma de oferecer cursos de Língua Portuguesa para os estudantes estrangeiros que vêm estudar na UEL. “A internacionalização precisa ser pensada nessas duas vias. Se não saber inglês é uma dificuldade para nossos estudantes irem estudar em países que falam esse idioma, não saber português também é um entrave para os estrangeiros virem estudar na UEL. Precisamos refletir sobre isso quando falamos na internacionalização da Universidade”, disse a professora.

Os próximos Cafés Interculturais serão realizados nos dias 9/10, 23/10, 6/11 e 27/11, sempre das 17h30 às 19h30, no Laboratório de Línguas do CCH. Mais informações no Colegiado de Letras pelos telefones 3371 4941 e 3371 4468. 

Veja também:

Programa Ciência Sem Fronteiras
(www.uel.br/prograd/cienciasemfronteiras)

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