Eventos prosseguem até esta quinta-feira (14), com atividades no Anfiteatro Maior do CCH |
Agência UEL - 13/04/2016
Foram abertos na manhã desta quarta-feira (13), no Anfiteatro Maior do Centro de Ciências Humanas (CCH), o 3º Encontro dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros da Região Sul (NEABs) e o Seminário de Ações Afirmativas e Políticas de Permanência: Desafios e Perspectivas. A realização é do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) da UEL, que conta com o apoio Laboratório de Cultura e Estudos Afro-brasileiros (Leafro), e o Programa de Apoio à Permanência (Prope).
Neste primeiro dia do evento, houve a apresentação dos integrantes da banca de abertura. Eles destacaram que das sete Universidades públicas do estado, apenas duas possuem cotas para negros, um número considerado baixo, segundo os convidados. Além de celebrar a importância do Encontro dos Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros da Região Sul, e da participação da comunidade universitária, os integrantes da mesa defenderam a construção de uma sociedade mais livre e justa, com foco na desconstrução do racismo.
A ideia é debater as ações afirmativas não só na UEL, mas em toda a região sul, e ao mesmo tempo discutir novas maneiras de abrir as portas das Universidade para os estudantes, por meio da adoção de medidas que visam, por exemplo, a aprovação das cotas por mais 15 anos, e alternativas para a permanência dos alunos na Universidade. "Não basta simplesmente abrirmos as portas da Universidade aos estudantes, temos de garantir que eles continuem na Universidade estudando" afirmou a diretora do NEAB e organizadora dos eventos, professora Maria Nilza da Silva.
Ações Afirmativas - Com o anfiteatro lotado, a primeira palestra do dia teve como tema "Políticas de Ações Afirmativas e Permanência: Um Panorama", ministrada pelo professor Kabengele Munanga, que possui graduação em Antropologia Cultural pela Universidade Officielle Du Congo de Lubumbashi e Doutorado em Ciências Sociais, área de Antropologia Social, pela Universidade de São Paulo que tem como área de atuação os temas racismo, identidade, identidade negra, África e Brasil.
Kabengele fez um resgate histórico sobre a luta pela igualdade racial e de oportunidade ao acesso à educação, declarando que era necessário "desconstruir o abismo na educação entre brancos e não brancos". Ainda para estadia de hoje está programada uma mesa redonda com o tema "Ações Afirmativas: Aspectos Práticos e Jurídicos".
O evento contou com a presença da assessora de Relações Internacionais (ARI), professora Telma Nunes Gimenez, do diretor do CCH, professor Ronaldo Baltar, do Promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo do Ministério Público do Paraná, promotor Paulo Tavares, do Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), Paulino de Jesus Cardoso. Também prestigiaram a abertura oficial do evento a Gestora de Igualdade Racial do município de Londrina, Sandra Rocha, a chefe do Núcleo Regional de Educação, Lucia Aparecida Cortez Martins, a pró-reitora de Graduação Universidade, professora Ângela Maria de Sousa Lima, além da diretora do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e coordenadora geral dos eventos, professora Maria Nilza da Silva. Ainda estiveram na abertura do encontro alunos do Ensino Médio e da Universidade.
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