sábado, 6 de fevereiro de 2016

Aprovados no Vestibular Indígena são convocados para matrícula



Agência UEL - 05/02/2016

A lista dos classificados em 1ª convocação no XV Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná está disponível na página da Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD), endereço www.uel.br/prograd. São 52 convocados para sete universidades paranaenses e a Universidade Federal do Paraná (UFPR). No caso da UEL, seis convocados deverão fazer matrícula dia 17 de março, das 8 às 11h30, ou das 14h30, às 17 horas, na Prograd. 

Os demais convocados deverão procurar as respectivas Instituições de Ensino Superior para efetivar a matrícula. Além da UFPR, com 10 vagas, são ofertas seis vagas em cada Universidade estadual - Unicentro, UEM, UENP, UEPG, Unioeste, Unespar. Os cursos disponíveis variaram conforme a instituição.

Quase 500 indígenas de diversas etnias do Paraná e de outros oito estados brasileiros participam do Vestibular, realizado em duas etapas no início dezembro no Campus da UEL, em Londrina. Eles fizeram prova oral de Língua Portuguesa, a prova de Redação e prova objetiva, composta por 40 questões de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira ou Língua Indígena (Guarani ou Kaingang), Biologia, Física, Geografia, História, Matemática e Química.

O concurso foi realizado pela Coordenadoria de Processos Seletivos (COPS), Pró-reitoria de Graduação (PROGRAD) e Comissão Universidade para os Índios (CUIA), com apoio das outras IES do estado.

Concurso - O vestibular específico para indígenas, criado por lei estadual em 2001, oferece seis vagas em cada uma das sete Universidades Estaduais, além de dez vagas na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, que se associou ao processo como conveniada. Este ano os indígenas eram provenientes de reservas de todo o Paraná e dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Bahia, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amazonas.

Regras - Diferente de um concurso tradicional, no vestibular indígena o candidato escolhe apenas a Universidade onde deseja estudar, e não o curso. A escolha da graduação é feita pelo aluno no ato da matrícula. A UEL, no entanto, implantou no ano passado um ciclo intercultural de iniciação acadêmica, com duração de um ano, no qual os alunos indígenas recebem formação intermediária entre a educação básica e o ensino superior. A mesma lei que criou o vestibular para indígenas estabeleceu a concessão de uma bolsa de assistência para os que entrarem na universidade. Atualmente, a bolsa é de R$ 633,00 e de R$ 950,00 para quem tem filhos. Histórico - O Paraná tem 17 áreas de reservas indígenas demarcadas e foi o primeiro Estado do Brasil a estabelecer uma política pública de ingresso e permanência de indígenas em universidades públicas, lembra o professor Wagner Roberto do Amaral, presidente da CUIA/UEL e vice-presidente da CUIA Estadual. A 1ª edição do Vestibular dos Povos Indígenas teve 52 candidatos. Em 14 anos foram ofertadas o total de 525 vagas. Só na UEL já ingressaram 66 estudantes indígenas. Hoje, são 340 alunos indígenas matriculados no Estado.

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